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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RITA TELES - DE LIMA

( BRASIL – PIAUÍ )

 

Nasceu em Matias Olímpio (PI).  Chegou a Brasília, em abril de 1958, permanecendo até então. O seu espírito humanitário levou-a a concluir o curso de Teologia na Faculdade Católica de Brasília.
Dedicou-se durante muitos anos aos trabalhos comunitário, recebendo em 1986, da Administração de Taguatinga – DF, a Comenda de Pioneira Destaque, pelos trabalhos prestados àquela comunidade. Foi co-fundadora do movimento ALBERGUED DA JUVENTUDE, em Brasília, em 1987. Contribuiu, por mais de três anos, com o intercâmbio cultural entre jovens de procedências diversas, recebendo em sua residência turistas de quarenta países.
Autora do livro intitulado ALMAS GÊMEAS, participou da VII Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro, em 1995.
Seu amor à arte permitiu-lhe concluir quatro trabalhos literários inéditos, cujos títulos são: VIDA E AMOR, poesia – HOMENAGENS - poesias – GISA, MENINA MOÇA, ROMANCE e  GISA, MULHER, romance. Participa do Fórum do Escritor e do Sindicato do Escritor de Brasília. Amante incondicional desta cidade, sente-se muito felis em poder
participar com três trabalhos desta Antologia em homenagem à Capital de todos os brasileiros.
 

 

MOUSINHO, Ronaldo Alves.  Vida em Poesia; 36 anos Poetas Escolhidos.  Brasília:  Valci Gráfica e Ed., 1996.  173 p.  N. 01 175 Exemplar da Biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito (em Brasília) em outubro de 2024.

 

PROFANAÇÃO

Berço das grandes alvoradas!
Foste assim, predestinada.
Por corajosos candangos desbravada.
Logo, te fizeste inaugurada,

Berço das mais altas decisões!
Por Juscelino foste batizada.
Fonte de beleza moderna.
Da humanidade, logo patrimoniada.

Brasília, coração da Pátria!
Dos brasileiros és muito amada.
O sol te beijando o seio.
Deixa a lua enciumada.

Na mira de “ilustres” ladrões,
És, por muitos, violentada...
Tua grandeza é profanada
E vergonhosamente saqueada.

O meu grito de revolta
Deste Planalto é bradado
Pedindo aos Tribunais
Um Congresso justiçado!...


MINHA CIDADE

 

Brasília, berço singelo das grandes Alvoradas!
Nascida entre gândaras ora desbravadas.
Cujo filho valente, do grande poder se serviu
E no coração brasileiro te fizeste Capital do Brasil.

Aqui nasceste, vinda de um sonho distante!
Tendo como berço a natureza virgem.
O céu de estrelas, te emprestou o manto.
E para aquecer-te, fez ao sol mais bonito!

Outrora, um sonho! Por Dom Bosco prometida.
Por Juscelino, das matas virgens erguida.
No grande Planalto que te empresta o pedestal.
Rainha dileta, pelo Congresso protegida.

Como Deus, todos aos teus pés se curvam
Para te servir, multidões logo acorreram.
Nas veias, o sangue transformado em criança.
No peito, a bravura, a fé e a esperança.

Famílias inteiras se uniram em trabalho.
Muitos te entregaram suas próprias sortes.
Alguns te presentearam com teus filhos e netos.
E aos inconformados, tu deves suas mortes.

Entretanto, a tua sede era insaciável!
Para aplicá-la, não bastaram águas das fontes.
Córregos e vertentes se deixaram represar...
E, para banhar-te o seio, num grande lago foram
[transformados.

Tal gigante, voraz era a tua fome!
Que, de concreto, te encheram o ventre descomunal,
De formas e linhas engenhosamente traçadas.
Para que te tornasses: “Patrimônio Histórico Mundial”.

 

Humilde, nos braços de candangos te embalaste!
De cujas origens, te guardas pura e recatada.
Hoje, Urbe moderna e de História patrimoniada,
Das grandes metrópoles mais que nunca invejada.

Ainda que jovem, brejeira, marota e pueril,
Debuxas o destino, desafiando o futuro incerto.
Pugnas contra os que em ti não acreditaram.
E garbosa caminhas para a glória do Brasil.
 

 

Foto: www12.senado.leg.br

 
JUSCELINO KUBITSCHECK

Profeta?
Vislumbraste um novo horizonte!
Como Moisés, buscaste a “Terra Prometida”
Como bom e fiel governante
nos presenteaste com Brasília

Louco?
Com ousadia, coragem e bravura,
desbravaste i Planalto virgem
e do seio fecundo arrancaste
o que seria a mais bela cidade do mundo.

Herói?
Sim, por que não dizê-lo?
De ti com arrojo e zelo
sofreste críticas, cansaço e jugo.
E, como guerreiro, venceste o próprio medo.

Mártir?
No holocausto do cruel exílio,
sofreste a injusta cruz do martírio.
Teu crime? — poucos julgado —
Foi ter-nos criado Brasília.

Santo?
Com fé ergueste a fronte!
Em Deus, buscaste a confiança.
Ao homem, deste a esperança
de Brasília, ainda criança.

Milagre?
No altar de nossa História,
Brasília, coberta de júbilo!
Garbosa, moderna e jovem:
Panteão eterno da Glória!


           *
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Página publicada em janeiro de 2025


 

 

 
 
 
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